Do pasto ao prato, qualidade garantida.
Há nove anos, Altair Burlamaqui e Brenno Borges, davam início à produção de carne a partir da recria e engorda de fêmeas. Mas, hoje, são melhoradores de gado comercial, fornecem animais vivos para exportação e, acima de tudo, se consolidaram produtores de carne gourmet.
A Fazenda Carioca, em Castanhal (PA), representa um complexo de três propriedades próximas, com 1,2 mil hectares para pastagens e lavoura de capim para silagem destinada ao confinamento, atualmente com capacidade para 600 cabeças por vez.
Os pecuaristas trabalhamos com fêmeas F1 Aberdeen Angus x Nelore, adquiridas de terceiros e, em 2020, abaterão cerca de 2 mil com até 24 meses, acabamento uniforme de 8mm de gordura externa, marmoreio e maciez para atender boutiques e uma colônia judaica com produto kosher.
Nessa recria e engorda de novilhas, cada vez mais a reposição é o grande entrave. Então, em 2019 apartaram novilhas ½ sangue Angus e as desafiaram em um programa de IATF (inseminação com Brangus, de modo a manter as características da carne). O objetivo passou também valorizar os machos.
Já vislumbrando dia possuir marca própria de carne, o projeto introduziu a ultrassonografia de carcaça, pelo serviço da DGT Brasil. Dessa forma, Burlamaqui e Borges querem predizer mais, errar menos e obter maior padronização lá na entrega do produto final.
Tantas ações e conquistas renderam a integração do trabalho na “Confraria da Carcaça Nelore”. Os produtores argumentam que dois fatos não podem ser ignorados: um é o da carne ser o principal produto da bovinocultura de corte; outro é o da raça Nelore ser a base da produção brasileira.